Quinta-feira, 7 de Fevereiro de 2008
Aquele ar majestoso era típico dela...

Ninguém deslumbrava daquela maneira, ao caminhar pela rua onde as infâncias são recordadas. Aquela rua a que chama-mos de “vida”... Foi ali, junto a ela que vivi o que nunca pensei alguma vez alimentar, nesta vida tão curta.Cada passo seu, era sinal de superioridade, de paixão e de encanto. Quando olhava para o céu, as nuvens cinzentas davam espaço a um sol que erradiava felicidade, alegria e esperança. Aquele sorriso era único!Não havia espaço para conversas mas sim, para uma troca de olhares cúmplices.

Como tería tal anjo escapado daquelas portas sagradas? Bailava na rua com aquele corpo iluminado, como uma estrela durante a noite, naquele céu enorme. Céu esse que guardou, por muitas vezes, os meus maiores sonhos e os meus pequenos grandes segredos durante essas trevas de espirito.A ela, lhe confessei mistérios, desilusões, esperanças, amarguras, tristezas desta minha vida solitária... Dei-te as minhas lágrimas para poderes saciar essa tua sede de amar. Já ias no fundo da rua, e sem dares por isso deixaste escapar algo. Quem saiba de forma propositada ou não, libertas-te o teu perfume no ar e soltaste para mim um daqueles teus incorrigiveis sorrisos. Aquele ar de cúmplice de outros tempos era doce e suave. Não importava as vezes, que me podia dar ao luxo de admirá-la, porque no fundo era como se visse tal feitiço pela 1ª vez. Era um momento singular, imaculado e extravagante.Uma guerra dentro de mim começava! Uma batalha de emoções, sentimentos, recordações e de nostalgias iniciava-se, novamente, tudo em prol de sonhos que jamais poderiam ser tornados reais. Não interessava a disputa nem a maneira como tal embate decorria.

Tantas memórias tive contigo... Todas elas peculiares e particulares...Já nao te vejo! A tua presença sumiu-se junto daquela quimera.... Não junto ao monstro mas sim, da fantasia que tivera ali construido contigo, da eterna utopia de desejos, da eterna ilusão, do inesquecivel absurdo! Seria tudo tão mais acertado e sensato. Faz-se tarde e o castigo retorna, a sofridão regressa bem lá do fundo, a calamidade apodera-se, a minha punição retrocede...Que maldade tão grande me sujeitaste, óh punição dolorosa!... Recordar-me do mais querido que alguma vez fora jovial outrora...Voltei ao mundo...Terá que isto tudo permanecer assim? Haverá uma razão para tal? Será esse o fundamento, da minha presença na Terra que pertence aquele anjo? Sofrer? Amargurar-me pela falta de ânimo e pelo excesso de temor, em tempos passados? Até quando será assim?


publicado por BSH - Bill Stein Husenbar às 22:00 | link do post | comentar

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